A origem Mind the G4p: experimentando uma vida de aventuras

Engraçado falar como que tudo isso começou. Afinal, somos feitos de uma somatória de acontecimentos que enfim nos levam à uma decisão. Obviamente, existiu meu momento “eureca”. Aquele mesmo que a gente acha que foi o único fator decisivo para tal acontecimento.

E esse momento foi uma conversa, lá na Tailândia especificamente em Koh Phi Phi, com um brasileiro, chamado Diogo. Mas peraí, guarda essa história aí que depois continuo ela.

Voltando ao raciocínio anterior…

Naquela época achei mesmo que minha decisão tinha sido por conta dessa tal conversa. Mas fazendo o processo de engenharia reversa, e olhando pro passado, vejo que não foi beeeem isso. Essa tal conversa, foi, eu diria, apenas a gota d’água.

Então vamos lá…

Meu sonho de criança

Trabalhar em casa, no computador, falando com os outros, vivendo de propósito, estava looonge de ser meu sonho de criança. Afinal, naquela época a internet era discada, computador era uma relíquia e a palavra “propósito” nem existia no meu dicionário.

Eu sonhava em ser…

… atriz (e até ensaiei umas participações na TV)
… modelo (até que em 2016, já totalmente fora do meu lifestyle, participei do Miss Nikkey RJ)
… cientista (afinal nada melhor do que ser remunerado para estudar à fundo sobre um assunto que se gosta)
… mulher de negócios (daquela estilo “O Diabo veste Prada”, mas no final do filme, um pouco sensibilizada hahaha)

Fui vivendo a vida, sempre nesse meu ritmo “pé no acelerador”, e no final das contas só não experimentei o meu lado cientista! Tá valendo né!? haha

O que veio na bagagem

Mas acredito mesmo que, o que mais me moveu para chegar no que é hoje o Mind the g4p (não somos apenas uma site de dicas sobre viagem! Você vai ver…) foi a minha viagem ao Japão, em 2013.

Eu, fui sozinha, para a Terra do Sol Nascente, para conhecer as minhas origens, conhecer minha família e esse país de tirar o fôlego! Sim, minha primeira viagem pro exterior, foi sozinha e pro outro lado do mundo.

Nessa viagem, aprendi a ser a minha melhor companhia, a respeitar o silêncio e acima de tudo à ter uma imersão na cultura local. Até porque, passava dias sozinha perambulando pelo país, sem falar japonês, eu, minha bolsa e minha câmera.

Já em 2014, eu fiz uma viagem curtinha, pra Buenos Aires, já com a companhia do Augusto. E qual a lição dessa viagem!? Simples: às vezes achamos que conhecemos uma pessoa, um povo ou uma cultura. Mas de fato só replicamos pré-conceitos midiáticos. E foi uma viagem igualmente incrível.

Nessa viagem, decidi com o Augusto que iríamos deixar marcado nosso próximo destino, para não rolar aquela procrastinação. E quando olhar pra trás, ver que se passaram alguns bons anos e não saímos da nossa casinha, a velha e boa zona de conforto, ou poderia dizer, zona de estagnação.

E na base do sorteio (siiim, loucos, decidimos o “onde” na sorte), decidimos que 2015 seria o ano da Tailândia.

A viagem da virada

E foi nessa viagem que tudo começou a ficar mais claro: tanto os questionamentos quantos as certezas. Do tipo:

  • Por que eu estou trabalhando nisso?
  • Por que tenho que esperar um ano inteiro para poder viajar?
  • Que lógica é essa de “sofrer” nesse trabalho, que eu fico rezando para chegar sexta-feira e quase entro em depressão quando chega segunda-feira?!
  • Por que eu só posso aproveitar 30% do meu ano (chocante!), fazendo o que eu realmente gosto?

E por aí foi…

E os motivos para eu me questionar tanto nessa viagem, foram:

  1. Conhecemos o Pounn, uma pessoa absurdamente fora do padrão. Ele é tuk-tuk no Camboja. De família extremamente humilde, mas com um coração gigante. Ele nos mostrou, em sua simplicidade, que a beleza da felicidade e da vida está em ser e não em ter.
  2. Numa viagem à Halong Bay, dividimos um barco com algumas pessoas com lifestyle completamente diferenciado: um professor em ano sabático, um mochileiro que já viajava há 2 anos e um grupo de 4 amigos que trabalham intensamente por 4 meses do ano e passavam os outros 8 meses viajando. Conhecer essas pessoas foi como abrir a nossa “caixinha cultural limitante” e dizer que: “cara, qual foi? você não precisa ter um emprego de carteira assinada, 13º e férias remuneradas para poder viver a vida! Dá para definir qual vai ser seu lifestyle!”.
  3. Em Bagan, Myanmar, conhecemos uma vendedora, dentro de um dos templos, que, com apenas 27 anos e um inglês impecável, demonstrava um espírito desbravador, curioso e de aprendizado, que eu jamais esperaria de uma pessoa que vive num país recém-aberto ao novo mundo. Ela queria conhecer nossa moeda (o real), pois ela nunca tinha visto. Queria trocar produtos dela pelos nossos, queria saber como era a vida no Brasil.
  4. Em Koh Phi Phi, quando fomos fazer a escalada, conhecemos 2 guias de escalada. Um da África do Sul e outro da Europa (não me recordo o país). O da África do Sul já morava em Phi Phi há uns 2 anos. E o da Europa tinha chegado a apenas 6 dias. WHAAAAT? E a gente aqui achando que arrumar um emprego fora do Brasil (ou até mesmo da nossa cidade) é um bicho de 7 cabeças.
  5. E por fim, e não menos importante, a conversa com o tal Diogo. Ele é do sul do Brasil, super jovem (mais novo que eu, aposto). Estava morando em Phi Phi fazia uns 11 meses e já tinha morado na Índia também. Conhecemos ele nessa mesma empresa de escalada (Ibex), ele era o manager da loja. Quando chegamos para preparação para a escalada (pegar equipamentos e blá), ele viu minha camisa do crossfit Lapa e perguntou se éramos do Brasil. E aí, rolou foi papo! Ele contou toda a história dele até aquele momento ali, na loja de escalada. Mas o mais importante de tudo, foi quando ele disse: “eu sempre tive o sonho de fazer intercâmbio ou morar um tempo fora, mas sempre tinha uma desculpa… às vezes o dinheiro, ou faculdade, estágio, família… Enfim, vi que estava sempre adiando meu sonho. Um dia decidi que ia sair e pronto, larguei tudo! E esse foi o ano que mais risquei coisas da minha lista de sonhos” (Momento de reflexão… ).

Eu poderia ficar aqui listando diversos momentos que nos trouxeram a esse projeto, mas acho que já deu pra entender onde quero chegar né?!

Durante essa viagem, também fiz um diário de bordo. Contando tudo que acontecia com a gente lá no meu face. E o retorno desse esforço diário foi gratificante: diversas mensagens de pessoas que nunca tinham tido interesse em ir para Ásia (ou até tinham), mas que estavam gostando tanto da narrativa, que já estavam planejando em fazer essa viagem também.

Tudo começou com o Vida de Tsuge

E isso me chamou atenção!

OPA! Essa sensação de fazer os outros viajarem através das minhas palavras foi o máximo!

E a partir daí decidi que criaria um blog (isso foi em dezembro de 2015. Mas pera aí! Eu não tinha conhecimento nenhum nisso. Então, para não “estragar” a primeira experiência de vocês, caros leitores, eu resolvi criar um Blog teste! =O

Criei o Vida de Tsuge para testar minha habilidade com a web. Sim, hahahah, esse blog era um test-drive. Mas acabou ganhando uma proporção tão grande, que hoje, ele é nosso business. Hoje, além do Blog Vida de Tsuge (onde abordamos um pouco de tudo sobre o lifestyle da família Tsuge – cultura japa, esportes, saúde, sacadas, empreendedorismo e viagens). A ideia era: vou errar tudo que tiver que errar nesse, para quando lançar o site do Mind The G4p, já saber exatamente “o que e como fazer”.

E bingo! Funcionou muito bem! ahha Essa primeira versão do MTG, tá de longe, mil vezes melhor do que a primeira versão do VDT!

O sentido do Mind the G4p

Agora que você entendeu o processo de existência desse projeto, eu não poderia deixar de explicar o PORQUÊ dele, certo!?

Então senta que lá vem filosofia (se você já é um high stakes, vai entender bem o que eu estou falando).

Quando a gente pensa em viagem, logo vem o mindset de ostentação: postar fotos nas redes sociais em locais incríveis, com comidas dignas de masterchef e um bocado de dinheiro gasto nisso tudo.

Convenhamos que isso realmente acontece. Nem a gente, do MTG pretende contradizer esse formato midiático que a viagem vem tomando. Até porque, é através das mídias sociais, dos compartilhamentos e do encantamento com a experiência que conseguimos te motivar e inspirar a viver momentos similares.

Mas a gente quer ir um pouco além.

Nossa proposta é imersão cultural. Experimentação da vida. Desbravar o mundo para mostrar pra você, através do exemplo como é possível ser um nômade digital com essência.

Queremos despertar seu lado sonhador, que deve estar adormecido aí dentro de você por conta das responsabilidades da vida adulta.
Queremos despertar seu lado criativo te trazendo novas ideias de empreendedorismo e vida profissional mundo afora.
Queremos despertar seu lado aventureiro para ousar na vida, fazer aquilo que der vontade, mesmo que dê medo. Pois, um estudo mostrou que, quando chegamos no fim da vida, nos arrependemos daquilo que não fizemos.
Queremos despertar seu lado esportivo porque sabemos a importância da saúde para levar uma vida plena e feliz. Não devemos permitir que nosso físico limite nossas escolhas, não devemos deixar de fazer algo ou experimentar a vida porque nossa condição física nos impede. Devemos sim, trabalhar ela, com treinamento, para estarmos preparados para qualquer situação.
Queremos despertar seu lado criança, para estar aberto ao aprendizado, ao novo, a uma cultura diferente, a formatos de pensamento diferentes.
Queremos despertar seu lado viajante, porque viajar é se entregar, é meditar, é estar presente, é estar por inteiro, atento, observando cada detalhe ao seu redor. É estar num mindset de abundância e aprendizado constante.

Quando viajamos, não nos preocupamos…
…com o pão que ficou em cima da mesa
…com a cadeira que ficou fora do lugar
…com o carro que foi lançado e eu não tenho dinheiro para pagar
…com a série do netflix que vai estrear
…com a pessoa que comeu nosso chocolate que estava guardado para depois do almoço
…com a roupa do varal que ninguém recolheu
…com a luz que ficou acesa na sala e ningém apagou
…com a conta do celular que vai chegar

Quando viajamos, vivemos com pouco, um lifestyle minimalista (afinal de contas, não é possível carregar a casa na mochila, né!?). Vivemos no momento presente. Nem no passado. Nem no futuro.

Evitamos assim sentimentos destrutivos, como a mágoa, a compulsão e a ansiedade. Pois estamos tão preocupados em perceber cada detalhe da viagem (afinal, sabe-se lá quando eu vou voltar para esse lugar) que os pequenos problemas cotidianos, passam a não ser tão importantes.

Quando viajamos estamos conectados com o presente, com as pessoas, com a natureza e com a cultura. Estamos vivendo o aqui e o agora.

“A vida me foi dada de graça e junto com ela tudo o que realmente preciso para viver” Geraldo Eustáquio de Souza

Maaaas, então, como viver nesse mundo digno de um avatar né?! Para isso surgiu o MTG! Viemos experienciar isso. Testar com nós mesmos. Como fazer essa roda girar?!

E estamos aqui para compartilhar esse novo mundo com você! Dos bastidores às paisagens incríveis mundo afora? E aí, você mesmo pode se inspirar com nosso exemplo e descobrir seu propósito. Aquilo que faz seus olhos brilharem. E com uma pitada de criatividade, transformar essa sua arte numa arte nômade. Topa!?

Pra isso, planejamento é essencial. Afinal, podemos e queremos, sim, quebrar todas as regras! SAIR DESSE TREM que todos estão, indo na mesma direção, e traçar nosso próprio ‘roteiro de vida’. Mas que também, não podemos nos desatentar e meter os pés pelas mãos porque sempre há um vão, um buraco, no meio do caminho. Então, MIND THE G4P!

Change your mind, but mind the g4p!

Aperte o cinto que essa viagem está apenas começando.

Boa viagem!